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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Legalização: SIM ou NÃO?

Em 1997, o professor aposentado de farmacologia da City University of New york's Medical School Jhon Morgan e sua colega Lynn Zimmer, publicaram um livro chamado "Marijuana Myths, Marijuana Facts" (Maconha: mitos e fatos).

Os acadêmicos tiveram como objetivo central no livro, buscar argumentos frequentemente usados pelas pessoas que se opõe à legalização, regulação ou reformas na lei da maconha. Este livro, tem capítulos sobre os danos ao pulmão, aos fetos no processo de gravidez, ao sistema imunológico, etc. Segundo Morgan, seria estranho uma droga sem nenhuma periculosidade, mas de todas as drogas psicoativas, a maconha é, de longe, a mais segura. Isso não quer dizer que alguém pode fumar e desempenhar todas as funções cotidianas normalmente como se não houvesse fumado. De fato, o mais importante em um debate sobre a criminalização da maconha são os factóides gerados por falsos conceitos, pois são eles que impedem um maior debate com a sociedade e pesquisas científicas na área. Por que a inústria farmacêutica iria querer que você plantasse remédio no quintal de casa capaz de curar dor de cabeça, cólicas ou que pode ajudar um paciente com câncer ganhar algum peso e mais qualidade de vida no seu tratamento? O motivo é óbvio: porque se pudesse plantar, a indústria farmacêutica não teria lucros. Vocês conhecem alguém que morreu de overdose de maconha? O máximo que pode acontecer é o cara ficar dormindo e depois sair comendo tudo que ver pela frente. Agora, tome uma overdose de aspirina! Há... com certeza será sua última dor de cabeça…
A maioria dos governos são assim, eles não querem que você use suas drogas e, sim, as drogas deles! Todo dia na TV você vê um comercial anunciando algum remédio tentando te viciar em alguma porcaria legalizada, então eles ficam inventando sintomas até acharem algum que você tem! Você está deprimido? Dói quando faz xixi? Está solitário? “Oh meu Deus! eu tenho esse sintoma! Estou doente! Comprem um remédio para mim!” Brincadeiras a parte, devemos refletir mais sobre o assunto, pois a magnitude das causas reais da criminalização e da ilegalização das drogas, entende-se por ilegal como “mercado paralelo”, não refletem os reais interesses da sociedade como um todo para se alcançar o estado de bem-estar social. As razões são múltiplas e interdependentes umas das outras, mas uma delas chamarei a atenção: Razões econômicas para a ilegalização. Com a aceleração do processo da globalização mundial, historicamente, vimos triunfar estados neoliberais que defendem a mínimna participação do estado no que diz respeito a aspectos econômicos que motivem seu crescimento e produtividade. Desta forma, no estado mínimo, a “mão invisível” do mercado adora uma “ilegalização”, pois as falhas de mercado são encobertas quando não há regulação e controle; e tudo que uma mão invisível mais deseja é falta de regulação e controle! contrário ao que muitos pensam, a criminalização juntamente com a ilegalização das drogas não é uma via de regulação, controle e melhoria da saúde pública e, sim, uma forma de mascarar os interesses daqueles que lucram com “as falhas de mercado”. Resumindo: A ilegalização não combate a violência urbana ou outras mazelas sociais, ela apenas contribui para uma perpetuação do poder daqueles que lucram com a ilegalização das drogas. Em um mercado paralelo ou ilegal jamais haverá regulação, logo os ofertantes desses produtos, atrelados a uma forte demanda reprimida, fazem a farra e propagam o caos social no mundo. A maconha deve ser legalizada não porque é “segura” e, sim, por poder ser “perigosa”. Concentramos-nos na maconha por causa dos seus danos mínimos, mas mesmo sabendo que podem existir certos perigos, no uso da maconha, eles seriam melhor controlados em um sistema regulado, um sistema onde o mercado de varejo pudesse se desenvolver, um sistema que removesse a criminalidade.

Texto de Rodrigo Galindo, adaptado para o D Borest Blog.

Assista o vídeo abaixo onde o professor Jhon Morgan explica porque legalizar a Maconha.

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